sexta-feira, 29 de julho de 2011

Índice de acidentes no trabalho é maior na construção civil, aponta levantamento


Uma pessoa morre em acidente de trabalho por hora no Brasil. A informação foi dada nesta sexta-feira (29) no auditório da Unip (Universidade Paulista), em evento realizado pela SMS (Secretaria de Saúde), alusivo ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Participaram profissionais de saúde, sindicalistas e estudantes de logística portuária e enfermagem.

Segundo Marcelo Vilhanueva, coordenador do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), que fez a palestra 'A notificação de acidentes do trabalho em Santos', levantamento iniciado em janeiro mostra que de 259 acidentes de trabalho - média de quatro por dia de trabalho – 79% ocorreram entre homens e 21% com mulheres, sendo 40% entre 18 e 29 anos, e 55% do total residente em Santos. E que o índice de acidentes de trabalho é maior entre os profissionais da construção civil (pedreiro, pintor e faxineiro), motoristas de caminhão e estivadores.

“O trabalho não foi feito para matar, acidentar ou adoecer as pessoas. A fatalidade não existe e esses números mostram que podemos interferir nas condições e organização do trabalho de forma preventiva”, disse Vilhanueva. Em seguida, a professora da Unesp Maria Dionísia Dias abordou 'Por que fazer a notificação dos acidentes e doenças do trabalho?'. “Essas informações apontam um quadro coletivo ou situação de saúde real para planejarmos as ações”.

Equipe do Cerest, formada por engenheiro de segurança do trabalho, médico sanitarista e dois enfermeiros, percorre os locais denunciados por risco de acidente e intima os responsáveis a fazer as modificações necessárias. Em caso de descumprimento, o infrator pode ser receber multa de R$ 800 a R$ 8 mil.

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